Receitas típicas ganharam toque de cozinha sofisticada aliando sabor, beleza e tradição
Os lanches rápidos perderam espaço para pratos mais refinados entre as opções gastronômicas da 28ª Oktoberfest, que encerra dia 23. Além alimentar e dar energia para que a festa siga animada até o fim da noite, este ano os pratos típicos com toques de requinte entraram no cardápio da festa.
Os salsichões e batatas recheadas adaptados ao gosto tupiniquim agora disputam garfadas com pratos mais próximos da tradição alemã, como cafés da tarde, patos e marrecos. Esse é mais um passo da organização da Oktoberfest em resgatar a tradição e requinte presente nas primeiras edições da festa.
Na década de 1990 a Oktober ganhou grandes proporções e com isso a culinária típica ficou esquecida. Isso ocorreu até o início dos anos 2000 . Um exemplo é a 17ª edição da festa, em 2000, por exemplo, das 12 opções oferecidas aos visitantes, pelo menos seis não tinham ligação com a cultura alemã, como o X-Salada e pizza.
O presidente do Parque Vila Germânica, Norberto Mette, conta que desde que reassumiu a Vila, em 2005, tenta resgatar os pratos típicos. Ele diz que a dificuldade está em convencer os vencedores das licitações, a maioria presente desde o início da festa, a vender este tipo de alimento e que é preciso melhorar o cardápio e torná-lo mais fiel às raízes da região.
— Nós não podemos cair na mesmice. Há alguns anos ficamos sem inovações na gastronomia, o que é muito ruim e as pessoas reclamavam. Queremos continuar inovando e melhorando — conta Mette.
Um dos responsáveis pela sofisticação da gastronomia na Oktoberfest deste ano e o retorno às tradições é o restaurante-escola do curso de Gastronomia da Furb, que participa pela primeira vez da festa. Traz releituras de receitas típicas, o serviço empratado, com pratos em quantidades menores e com acabamento de chefe de cozinha.
A coordenadora do curso de Gastronomia da Furb, Suzana Wascheck, explica que os pratos são montados na hora, o que garante a qualidade e beleza. O restaurante, que fica nos fundos do Setor 1, também serve lanches, como o Goulash e café da tarde. A opção de não servir em bufê foi para evitar desperdícios e perda de qualidade.
— A aceitação está sendo muito boa, apesar de a gente montar o prato na hora, o que demora um pouco e às vezes as pessoas reclamam. Já vendemos o dobro do que planejamos — comemora Suzana.
Outra novidade para quem circula pelos Parque Vila Germânica são os pratos rápidos feitos à base da carne de pato. A também estreante na festa, Villa Germania, exportadora da carne para o Oriente e com sede há 15 anos em Indaial, inaugurou uma loja no Empório Vila Germânica.
Durante a Oktoberfest a empresa vende dois pratos: coxa de marreco recheada e tulipa crocante de pato. As receitas foram desenvolvidas especialmente para a festa e caíram no gosto dos foliões por combinar uma carne nobre com praticidade, tradição e sabor. O Essenwagen, que há 10 anos distribuía X-Alemão durante os desfiles, agora entrega aos foliões as tulipas de pato. Nos camarotes e dentro da Vila, promotoras distribuem a iguaria.
O diretor presidente da Villa Germania, André Grützmacher, diz que o objetivo é tornar a marca conhecida do público e encorajar os que dizem não comer carne de marreco ou pato:
— Estamos surpresos com o resultado. Nesses primeiros dias vendemos 200% a mais que o esperado.
Qualidade das refeições balizam impressões sobre a festa, diz especialista A gastronomia é um boa estratégia para a imagem da festa. O professor do curso de Gastronomia da Univali e doutor com tese sobre a relação da gastronomia e turismo, Rodolfo Wendhausen Krause, acredita que o refinamento do cardápio e melhor acabamento dos pratos é um importante passo para atrair turistas interessados em bancar boa comida, que geralmente custam mais. Ele conta que as sensações proporcionadas pelo momento da refeição geralmente balizam a impressão sobre a festa e a região.
O Ministério do Turismo divulgou essa semana uma pesquisa em que 96% turistas dos entrevistados buscavam gastronomia de qualidade nos destinos turísticos brasileiros.
— Oferecer boa gastronomia sem dúvida é uma forma de cativar o visitante. Se ele tiver uma boa experiência, em outros anos vai querer sentir isso de novo e fará propaganda positiva — explica Krause.
Os salsichões e batatas recheadas adaptados ao gosto tupiniquim agora disputam garfadas com pratos mais próximos da tradição alemã, como cafés da tarde, patos e marrecos. Esse é mais um passo da organização da Oktoberfest em resgatar a tradição e requinte presente nas primeiras edições da festa.
Na década de 1990 a Oktober ganhou grandes proporções e com isso a culinária típica ficou esquecida. Isso ocorreu até o início dos anos 2000 . Um exemplo é a 17ª edição da festa, em 2000, por exemplo, das 12 opções oferecidas aos visitantes, pelo menos seis não tinham ligação com a cultura alemã, como o X-Salada e pizza.
O presidente do Parque Vila Germânica, Norberto Mette, conta que desde que reassumiu a Vila, em 2005, tenta resgatar os pratos típicos. Ele diz que a dificuldade está em convencer os vencedores das licitações, a maioria presente desde o início da festa, a vender este tipo de alimento e que é preciso melhorar o cardápio e torná-lo mais fiel às raízes da região.
— Nós não podemos cair na mesmice. Há alguns anos ficamos sem inovações na gastronomia, o que é muito ruim e as pessoas reclamavam. Queremos continuar inovando e melhorando — conta Mette.
Um dos responsáveis pela sofisticação da gastronomia na Oktoberfest deste ano e o retorno às tradições é o restaurante-escola do curso de Gastronomia da Furb, que participa pela primeira vez da festa. Traz releituras de receitas típicas, o serviço empratado, com pratos em quantidades menores e com acabamento de chefe de cozinha.
A coordenadora do curso de Gastronomia da Furb, Suzana Wascheck, explica que os pratos são montados na hora, o que garante a qualidade e beleza. O restaurante, que fica nos fundos do Setor 1, também serve lanches, como o Goulash e café da tarde. A opção de não servir em bufê foi para evitar desperdícios e perda de qualidade.
— A aceitação está sendo muito boa, apesar de a gente montar o prato na hora, o que demora um pouco e às vezes as pessoas reclamam. Já vendemos o dobro do que planejamos — comemora Suzana.
Outra novidade para quem circula pelos Parque Vila Germânica são os pratos rápidos feitos à base da carne de pato. A também estreante na festa, Villa Germania, exportadora da carne para o Oriente e com sede há 15 anos em Indaial, inaugurou uma loja no Empório Vila Germânica.
Durante a Oktoberfest a empresa vende dois pratos: coxa de marreco recheada e tulipa crocante de pato. As receitas foram desenvolvidas especialmente para a festa e caíram no gosto dos foliões por combinar uma carne nobre com praticidade, tradição e sabor. O Essenwagen, que há 10 anos distribuía X-Alemão durante os desfiles, agora entrega aos foliões as tulipas de pato. Nos camarotes e dentro da Vila, promotoras distribuem a iguaria.
O diretor presidente da Villa Germania, André Grützmacher, diz que o objetivo é tornar a marca conhecida do público e encorajar os que dizem não comer carne de marreco ou pato:
— Estamos surpresos com o resultado. Nesses primeiros dias vendemos 200% a mais que o esperado.
Qualidade das refeições balizam impressões sobre a festa, diz especialista A gastronomia é um boa estratégia para a imagem da festa. O professor do curso de Gastronomia da Univali e doutor com tese sobre a relação da gastronomia e turismo, Rodolfo Wendhausen Krause, acredita que o refinamento do cardápio e melhor acabamento dos pratos é um importante passo para atrair turistas interessados em bancar boa comida, que geralmente custam mais. Ele conta que as sensações proporcionadas pelo momento da refeição geralmente balizam a impressão sobre a festa e a região.
O Ministério do Turismo divulgou essa semana uma pesquisa em que 96% turistas dos entrevistados buscavam gastronomia de qualidade nos destinos turísticos brasileiros.
— Oferecer boa gastronomia sem dúvida é uma forma de cativar o visitante. Se ele tiver uma boa experiência, em outros anos vai querer sentir isso de novo e fará propaganda positiva — explica Krause.
Essa matéria vocês podem conferir no Jornal do Santa, edição do dia 11/10/11.
Nenhum comentário:
Postar um comentário